Espera
Porque o que me rege é um asco viscoso, uma desesperança.
É o cansaço de dias longos que me rasgam, me guiam e me deixam de mãos soltas. É esse caminho que não conduz nada, não conduz a nada.
É essa agonia que me corre nas veias, essa ausência de Deus.
Vida anêmica.
Um sufocamento, atolada viva, atolada vida, sabes?
É preciso a morte conseguida, limpa, definitiva.
Teço uma infinita colcha de retalhos de tudo, tudo que me sobra, que me resta.
É espera do fim para o recomeço.
O que penso ser nada é vida, encurralada, encolhida.
...
Na primavera as flores desabrocham. É preciso esperar a primavera.
É o cansaço de dias longos que me rasgam, me guiam e me deixam de mãos soltas. É esse caminho que não conduz nada, não conduz a nada.
É essa agonia que me corre nas veias, essa ausência de Deus.
Vida anêmica.
Um sufocamento, atolada viva, atolada vida, sabes?
É preciso a morte conseguida, limpa, definitiva.
Teço uma infinita colcha de retalhos de tudo, tudo que me sobra, que me resta.
É espera do fim para o recomeço.
O que penso ser nada é vida, encurralada, encolhida.
...
Na primavera as flores desabrocham. É preciso esperar a primavera.